TUMORES DA HIPÓFISE
PROLACTINOMAS
Os tumores produtores e secretores de prolactina acometem ambos os sexos, sendo mais frequentes em mulheres jovens. Nas mulheres que ainda possuem ciclos menstruais normais, pode haver irregularidade ou parada na menstruação. Também pode ser observada secreção mamária de leite (galactorreia) pelo estímulo provocado pela prolactina tumoral, visto que em situações normais a prolactina tem participação fundamental na produção do leite materno durante o período de amamentação. Queixas de alteração da libido e do interesse sexual também são comuns em ambos os sexos.
IMPORTANTE!
O aumento da prolactina também pode ocorrer em tumores do tipo macroadenomas não secretores devido ao efeito compressivo do tumor sobre a região da haste hipofisária, fenômeno conhecido como “desconexão hipotálamo-hipofisária”. Esta ocorrência é importante e deve ser excluída, visto que o tratamento dos prolactinomas é, geralmente, clínico, enquanto os macroadenomas não secretores são de tratamento neurocirúrgico.
O tratamento dos prolactinomas, ao contrário dos outros tumores de hipófise secretores de hormônios, é, de maneira geral, medicamentoso. Os microadenomas geralmente são tratados com medicamentos, já que pela pequena dimensão do tumor não há repercussão neurológica por compressão de estruturas neuronais vizinhas. No caso dos microadenomas o tratamento cirúrgico está reservado a casos onde haja intolerância ou efeito colateral ao medicamento, ou, ainda, crescimento tumoral e/ou manutenção de níveis elevados de prolactina durante a tentativa de tratamento medicamentoso em doses adequadas.
Imagem de ressonância magnética de hipófise com microadenoma à esquerda (seta amarela), com a hipófise ocupando o restante da sela túrcica (seta vermelha). Neste caso, a paciente foi operado por insucesso do tratamento medicamentoso no controle dos níveis de prolactina.
Naqueles pacientes com macroadenomas sem comprometimento visual deve-se adotar conduta semelhante à dos microadenomas, ou seja, tratamento medicamentoso inicial.
Nos macroadenomas com comprometimento visual por compressão das vias ópticas (quiasma óptico e/ou nervos ópticos) pode-se iniciar o tratamento clínico medicamentoso, com monitoração intensiva da resposta do quadro visual ao tratamento medicamentoso. Caso haja rápida melhora visual, ainda que parcial, o tratamento medicamentoso poderá ser mantido. Por outro lado, caso não haja melhora visual diante de tratamento com doses altas de medicamento, ou piora do quadro, o tratamento neurocirúrgico deve ser considerado como estratégia para a remoção do tumor, descompressão das vias ópticas e melhora do quadro visual.
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