distúrbios DA HIPÓFISE

tumores de HIPÓFISE

O aumento descontrolado da multiplicação das células da hipófise pode resultar na formação de tumores, conhecidos como adenomas, geralmente benignos, cuja repercussão dependerá do tipo de célula acometida e das dimensões do tumor. Os tumores de hipófise representam 10-15% dos tumores intracranianos, ocorrendo em ambos os sexos, principalmente entre mulheres adultas. Não há causa identificável para a ocorrência deste tipo de tumor e não há tendência de transmissão hereditária, com exceção aos casos envolvendo pacientes com diagnóstico de síndromes específicas, como a neoplasia endocrinológica múltipla tipo 1 (NEM1).

Quando menores de 10mm de diâmetro em seu maior eixo são denominados microadenomas. Os tumores maiores de 10mm são definidos como macroadenomas e aqueles com mais de 50mm como macroadenomas gigantes. Os tumores que secretam um ou mais hormônios ativos na circulação sanguínea são classificados como adenomas secretores ou funcionantes, enquanto aqueles que não secretam hormônios ativos são definidos como não secretores ou não funcionantes.

A ilustração mostra uma visão frontal da região da hipófise, com a glândula hipófise localizada dentro de um caixa óssea denominada sela túrcica. De cada um dos lados da glândula está uma estrutura vascular formada por um emaranhado de veias, constituindo um seio venoso, no caso, conhecido como seio cavernoso. Dentro de cada um dos seios cavernosos passa a artéria carótida interna, vaso sanguíneo essencial para a oferta de sangue a grande parte do encéfalo. Também é possível observar na parede lateral de cada um dos seios cavernosos 3 nervos que são responsáveis pela movimentação do globo ocular de cada lado. Acima da hipófise localiza-se o quiasma óptico e os nervos ópticos, responsáveis pela visão. O conhecimento das estruturas vizinhas à glândula hipófise é importante para a compreensão das manifestações provocadas pelo tumor, como piora da visão, fechamento da pálpebra e visão dupla, por exemplo.

Na imagem de um exame de ressonância magnética de hipófise normal, pode ser verificada a hipófise (seta azul), o quiasma óptico (seta amarela), assim como as artérias carótidas dentro dos seios cavernosos (setas vermelhas).

Os adenomas podem apresentar-se com dimensões de poucos milímetros de extensão, restringindo-se à sela túrcica, sem invadir ou comprimir estruturas nervosas da região. Neste caso são chamados de microadenomas e seus efeitos só serão percebidos caso o tumor secrete algum hormônio que venha repercutir em manifestações clínicas.

A imagem da uma ressonância magnética, mostra a vista frontal de um microadenoma na região direita da sela túrcica (seta azul), a glândula hipófise (seta vermelha) e o quiasma óptico (seta amarela).

O desenho ilustra a localização do tumor e do restante da glândula hipófise, assim como das estruturas vizinhas.

Os tumores de hipófise, tanto os que secretam hormônios (funcionantes ou secretores), como aqueles que não secretam nenhum hormônio ativo (não funcionantes ou não secretores), podem atingir grandes dimensões, sendo denominados macroadenomas a partir de 10mm e macroadenomas gigantes a partir de 50mm de diâmetro no maior eixo. Com o crescimento dos tumores há risco de compressão de estruturas neuronais vizinhas, principalmente das chamadas vias ópticas (quiasma óptico e nervos ópticos). Caso haja compressão das vias ópticas haverá comprometimento da visão, com piora da acuidade visual e redução do campo visual. Neste caso, o paciente sentirá piora da qualidade visual e estreitamento do campo visual, havendo perda da visão lateral de um ou de ambos os olhos.

A imagem da ressonância magnética, mostra a vista frontal de um macroadenoma (contorno em azul) ocupando e alargando toda a sela túrcica, crescendo superiormente, resultando em compressão do quiasma óptico e produzindo déficit visual. Para efeito de comparação, o tamanho natural da glândula hipófise está destacado em vermelho, evidenciado a destruição da glândula pelo tumor e sua grande expansão.

O desenho ilustra a compressão sobre os nervos óptico pelo tumor, assim como a invasão da região do seio cavernoso à direita.

A compressão do quiasma óptico e dos nervos ópticos pelo tumor pode levar a graus variáveis de comprometimento da acuidade visual e do campo visual. O paciente queixa-se de borramento da visão e do estreitamento do campo visual. O exame reproduzido abaixo, chamado campimetria, mostra o envolvimento do campo visual lateral do olho direito em um paciente com tumor de hipófise e compressão do quiasma óptico (área em preto).

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